Começando o dia com o primeiro
pneu furado da viagem, saimos eu e mano o Malta a procura de uma borracharia
(gomeria). Duas quadras adiante a encontramos e enquanto o conserto era
efetuado, começamos o papo animado com os argentinos, como de costume no interior
deste grande país, resolvemos perguntar o porquê deste nome da cidade.
A muitos anos, a região era
habitada por indígenas que, incomodados com a invasão dos colonizadores,
empreendiam ataques desde o bosque até a povoação fortificada ali então
existente. Consta que, no limite deste bosque, havia um veado que tinha um dos
olhos vazados talvez por uma flechada. Vindo o ataque dos índios, este veado
disparava em campo aberto, nas cercanias do forte e as pessoas de lá avistavam
este animal, correndo as vezes desorientado. Gritavam, “mirem, el venado tuerto
– cieren lós portones!”.
Aprendemos também que “torto”,
significa caolho e que “rengo”, seria manco na linguagem local.
E assim, mais uma cidade visitada
e uma boa impressão que fica desfazendo uma imagem equivocada que muitos
poderiam ter: o povo no interior da Argentina é muito receptivo, amável, e eu
diria que até que são gente muito simples. Muito curiosos e de boa prosa quando
o assunto era a nossa viagem, de onde vínhamos e para onde estávamos indo.
Enfim, uma experiência muito gratificante e uma oportunidade preciosa para
praticarmos a língua que predomina nos países da América do Sul.
Sejan bien venidos a nuestra ciud Brasilenha,los esperamos con mucho gusto.
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